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Olhos para a rua tornam as calçadas mais seguras

Existem ruas em que nos sentimos seguros, em outras, muitas vezes, não. Mas o que as diferencia? Para Jane Jacobs, autora do livro Morte e Vida de Grandes Cidades, um dos pontos principais para tornar a calçada mais segura é a presença de olhos para a rua.

Segundo autora, esses olhos são dos chamados proprietários da rua: são moradores em suas janelas, comerciantes em frente aos estabelecimentos, desconhecidos que circulam pelas calçadas. Quando há movimento, a rua se torna segura, pois todos estão vigiando o que acontece, mesmo que inconscientemente.

Para que tais olhos observem a calçada, é importante os edifícios estarem voltados para a rua. Jacobs reforça que, quando se prepara a rua para receber pessoas, os prédios precisam ser pensados de forma que o lado mais movimentado se comunique com a calçada; caso isso não aconteça, a rua fica cega. Da mesma forma, é importante haver pessoas transitando por ela, pois ninguém gosta de ficar na janela observando o vazio. A solução apontada pela autora para gerar movimento é a disposição de estabelecimentos ao longo da rua, assim, a calçada é passagem para ir de um lugar para o outro.

Quando se discute segurança, a iluminação é tópico frequente. Sobre isso, Jacobs questiona: “Sem olhos atentos para enxergar, a luz ilumina? Para fins práticos, não”. A importância da iluminação está em incentivar as pessoas utilizarem mais o espaço e em ampliar o alcance da visão de quem observa.

Planejar estratégias para que as ruas estejam sob vigilância dos seus usuários, sejam moradores, lojistas, sejam desconhecidos, é a forma de trazer segurança eficaz e espontânea para as calçadas. Todos precisam usar as ruas, sendo elas responsáveis por proporcionar segurança a quem passar por ali.

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