O termo crowdfunding imobiliário pode chamar a atenção como algo novo, mas o investimento coletivo em empreendimentos imobiliários não é novidade se pensarmos nas plataformas em outros países. O URBE.ME é pioneiro no Brasil; está ativo com o primeiro projeto disponível para investimento. O VN Cardoso de Mello, da Vitacon, já tem 13% da verba captada e ultrapassa os 30 investidores.
Em 2012, já havia plataforma semelhante nos Estados Unidos: o Fundrise, criado pelos irmãos Dan Miller e Ben Miller. Com sede em Washington, foi desenvolvido com o objetivo de facilitar o acesso de investidores a grandes empreendimentos comerciais. Atualmente, a principal possibilidade de investimento disponível para captação na plataforma é o 3 World Trade Center, terceira torre em reconstrução do complexo de Nova York. O projeto, com previsão de término em 2018, custa US$2,49 bilhões e recebe investimentos a partir de US$5mil, com estimativa de retorno anual de 5%.
Outro projeto de financiamento coletivo imobiliário é o BD Bacatá, empreendimento localizado em Bogotá que conta com apartamentos, escritórios, lojas e um hotel. A companhia Prodigy Network iniciou a captação em 2009; qualquer pessoa poderia investir em ações de US$20mil, pagas em até dois anos. A construção do empreendimento foi financiada quase em sua totalidade pelo crowdfunding imobiliário, contando com cerca de 3800 investidores. Em 2013, durante a construção, a companhia já tinha adquirido mais de US$170 milhões através do financiamento coletivo e os investidores podiam comprar e vender ações, podendo elevar o valor destas em até 40%. O empreendimento é composto por duas torres, sendo uma delas a mais alta da Colômbia com 66 andares.