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Mobilidade urbana – Por que a tecnologia vai mudar a sua cidade para sempre

O substancial crescimento das cidades previsto para os próximos anos traz consigo inúmeros benefícios. A densificação urbana gera micro-mercados locais, possibilitando que se tenha acesso a produtos e serviços em localidades mais próximas às suas residências. Incentiva-se assim o deslocamento à pé, contribuindo para a redução da dependência de carros e de meios de transporte de longa distância.

Este crescimento, entretanto, também acentua gargalos de infraestrutura e acende outra preocupação: como adaptar os meios de transporte a essa transformação, de forma a possibilitar o deslocamento de milhões de pessoas de forma eficiente e confortável?

A solução desses problemas de mobilidade passam pela adoção intensiva e extensiva de tecnologia, e já temos uma sinalização de como se dará a inserção dessas tecnologias nos meios de transporte urbano.

Nesse momento, nas ruas da Califórnia, está em testes o carro autônomo do Google. A empresa já vem desenvolvendo este projeto há anos, e está muito próxima de chegar a um modelo comercial desse produto. O veículo não possui volante, nem pedais de aceleração e frenagem; é equipado com uma série de sensores que detectam outros carros, marcações de pista e sinalizações de trânsito. Todo esse sistema, atuando em conjunto, permite que o carro transite de forma completamente autônoma, sem a necessidade de qualquer interferência humana.

O Google não é a única empresa desenvolvendo carros autônomos. O Uber, a Tesla, a GM, a Volkswagen e muitas outras empresas também estão trabalhando nos seus modelos.

Ao que tudo indica, estamos muito próximos do momento no qual carros autônomos tomarão as ruas. Com efeito, estima-se que eles se tornarão maioria ao longo da próxima década, e esta mudança de paradigma deverá impactar de forma indelével o nosso modo de vida e a economia como um todo.

Mas qual será o impacto desta nova tecnologia na mobilidade urbana?

Os efeitos da introdução dos carros autônomos são muito mais importantes do que se pode intuitivamente imaginar. Citamos abaixo os principais deles:

 

Efeito 1 –Redução dos preços e fim dos carros particulares

Um estudo do banco Morgan Stanley demonstra que carros são dirigidos apenas 4% do tempo, fato que denota um incrível desperdício. No futuro, carros não serão comprados pelos consumidores, e sim por empresas, que prestarão serviços de transporte para a população. Imagine um Uber, em larga escala, que leva você para onde você quiser em um carro sem motorista.

Hoje, o motorista do Uber fica com 75% do valor que você paga, então a queda no preço do serviço deve ser o primeiro efeito da uso de carros autônomos: estima-se que a tarifa deverá ser de apenas US$ 0,30 por quilômetro.

Com essa queda de preço, serão derrubados todos os incentivos para se possuir um carro próprio. Sempre que quiser se locomover, você irá solicitar o serviço de transporte de uma empresa como o Uber. A previsão é de que, com esta mudança, você terá de esperar menos de um minuto após o chamado para que um carro chegue até você.

Efeito 2 – Desenvolvimento econômico sem precedentes

Segundo estudo da empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers, este movimento eliminaria das ruas 99% dos veículos. A bilionária indústria automotiva e as gigantescas indústrias periféricas (financiamentos, seguros, estacionamentos e etc.), que juntas totalizam trilhões de dólares, deverão passar por uma revolução. Milhares de empresas deverão simplesmente evaporar, incluindo algumas das maiores montadoras do mundo. Junto com as indústrias, milhões de empregos deverão ser eliminados.

Mas isto não é necessariamente algo ruim. Todos esses recursos, que incluem os trilhões de dólares e os milhões de trabalhadores, deverão migrar para outros setores da economia, impulsionando de forma exponencial a inovação e a produtividade. Somado a isso, há ainda o fato que, com o fim dos congestionamentos, cada trabalhador economizará 38 horas a cada ano.

Adicionalmente, a liberação de áreas centrais que antes serviam de estacionamento, garagens, revendas automotivas e terminais de ônibus deverá estimular o desenvolvimento urbano.

Efeito 3 –O fim dos congestionamentos

A busca por uma vaga para estacionar é responsável por 30% dos congestionamentos. Além disso, a simples existência das faixas de estacionamento já contribuem para piorar a situação do trânsito, pois ocupam duas faixas da rua.

Carros autônomos, por não precisarem estacionar e por transitar de forma coordenada e interconectada, irão eliminar estes fatores, tornando congestionamentos inexistentes.

Efeito 4 – Impactos ambientais positivos

Com a forte redução do número de carros, e a consequente contração da atividade industrial referente ao mercado automotivo, há a concreta possibilidade de revertermos a tendência do aquecimento global, visto que a emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa será descontada em 15,9%.

A maioria dos carros autônomos devem ser elétricos, e isto irá provocar uma redução da nossa dependência de combustíveis fósseis. Ademais, a reciclagem de toda a frota antiga de carros deverá refrear momentaneamente a necessidade de mineração.

Efeito 5 – Vidas salvas

A cada ano, 1.2 milhão de pessoas morrem devido a acidentes de trânsito, sendo 90% destes causados por erro humano. O advento dos carros autônomos pode previnir a morte de milhões de pessoas, pois deve acidentes de trânsito algo incomum.

 

Graças à tecnologia, o futuro da mobilidade urbana é excitante. Estes são apenas os efeitos previsíveis da nova onda dos carros autônomos mas, como as demais revoluções tecnológicas já demonstraram, os impactos de uma nova tecnologia geram também efeitos em cascata, que moldam a sociedade e a provocam mudanças na forma como vivemos.

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