A presença de pessoas nas calçadas é o que traz atividade para as ruas e humaniza as cidades. Todos passam por elas diariamente, mas o que faz o deslocamento a pé ser uma opção mais atraente em comparação com outros modais está relacionado, também, com a acessibilidade e o com o conforto das calçadas para as diferentes necessidades do pedestre.
A calçada ideal garante o caminhar livre, sem obstáculos, em que é possível manter o ritmo de descolamento constante e fluído. Para isso é preciso haver dimensões adequadas, textura correta e antiderrapante, declividade que permita o escoamento de água sem ultrapassar o limite de conforto do usuário. A calçada se divide em três espaços: faixa livre, faixa de serviço e faixa de acesso. A primeira, no centro do passeio, corresponde à área destinada exclusivamente à circulação. A segunda, à parte onde ficam os postes de luz, a sinalização, as rampas de acesso e o mobiliário urbano, posicionados mais próximos ao meio-fio. Já a última, ligada às construções, funciona como apoio ao terreno, onde estão mesas de bar e toldos, por exemplo.
O espaço deve ser pensado para a fluidez das diferentes pessoas que passam por ele, de crianças a idosos, com mobilidade reduzida ou não. Existem ações para um melhor deslocamento pelas calçadas, além de deixar o espaço de circulação livre de obstáculos, é possível utilizar piso tátil para auxiliar pessoas com deficiência visual e rampas de acesso para cadeiras de rodas; sempre atentando para a instalação correta de cada um. Ao planejar-se um empreendimento, é imprescindível considerar a sua relação com a calçada, tanto no sentido de ativação do espaço, quanto de mobilidade e acessibilidade para os pedestres.
Para ler mais sobre a importância de dar-se preferência a esse modo de deslocamento e os impactos sócias e ambientais de caminhar, acesse o texto A cidade sustentável passa pelo conceito de Walkability, publicado em agosto no URBE.LAB.
