Montar uma carteira de investimentos de sucesso exige planejamento e pensamento estratégico. Afinal, existem aplicações de incontáveis modalidades, cada uma indicada para perfis e objetivos de investimento distintos. Como escolher, então?
Embora se imagine que aplicações como a poupança sejam totalmente seguras, na verdade existe um quadro um pouco mais detalhado a se analisar. Ou seja: até mesmo investimentos de rentabilidade pré-fixada podem representar risco de perda, caso não se saiba quais fatores estão envolvidos.
Assim sendo, veja a seguir o que você deve considerar na hora de variar seus investimentos para obter ao mesmo tempo segurança e rendimentos máximos. Vamos conferir como se faz?
1. Perfil de investidor
Possivelmente, você já deve ter lido algo ou mesmo ter respondido ao tradicional questionário de avaliação dos bancos sobre o perfil de investidor. Pode parecer um procedimento dispensável, mas saber em qual deles você se enquadra pode poupar bastante tempo e, claro, dinheiro. Os três mais conhecidos são:
- conservador — avesso a qualquer risco, busca sempre investimentos com rentabilidade prevista;
- moderado — o investidor moderado apresenta alguma tolerância a aplicações de risco, contanto que seus rendimentos se sustentem em prazos mais longos;
- arrojado — está permanentemente disposto a aceitar riscos em nome do máximo retorno. Por isso, deve contar com algum conhecimento do mercado financeiro.
2. Riscos assumidos
Dependendo do perfil detectado, você saberá qual é o grau de disposição para suportar riscos ao investir e ao montar carteira de investimentos. Dessa forma, existem carteiras que vão apresentar:
- risco alto — composta majoritariamente por ativos de renda variável como ações e commodities;
- risco médio — carteira em que o investidor aplica parte dos recursos em renda fixa para assegurar algum grau de retorno previsível;
- risco baixo — nesse tipo de carteira, o objetivo principal é blindar os recursos disponíveis em renda fixa e, depois disso, partir para ativos de risco elevado.
3. Ferramentas e plataformas
Com a expansão das fintechs e dos bancos de investimento on-line, o que não faltam são plataformas, apps e ferramentas de análise financeira para orientar e gerir aplicações. Seja qual for sua escolha, aqui vai um alerta: tenha atenção aos impostos, às taxas de custódia e de intermediação cobradas, já que elas não costumam ser baixas e variam de um banco/corretora para outra.
4. Prazos e períodos
No longo prazo, a equação fica mais equilibrada quando a carteira é composta em maior parte por ativos como ações e derivativos e uma parcela menor em renda fixa. Já no médio prazo, a relação se inverte, portanto o investidor deve priorizar a renda fixa como LCI, Tesouro Direto e CDB e aplicar menos em ativos mais voláteis.
O curto prazo, por sua vez, deve ser evitado para ativos de alta volatilidade. É o caso da Ibovespa, na qual investimentos em períodos inferiores a seis meses são de alto risco. Logo, para quem busca liquidez e tiver que retirar o dinheiro no curto prazo, provavelmente essa não será uma opção vantajosa.
Do contrário, ao manter a perspectiva para prazos mais longos, a tendência é de valorização. Para os traders, vale destacar que prazos curtos representam inclusive um risco muito mais elevado, assim como potenciais de retorno mais atrativos.
Adotando nossas dicas, você será capaz de construir uma cesta bem-estruturada e capaz de ampliar receitas ao longo do tempo. Lembre-se de que montar carteira de investimentos é um trabalho que requer estratégia, paciência e muito controle. Dessa forma, seus objetivos serão alcançados sem sustos.
Curtiu o artigo e quer avançar no assunto? Então, veja onde e quanto investir para diversificar ainda mais.