O número de investidores no Tesouro Direto não para de crescer. Em agosto de 2019, havia 1,1 milhão de pessoas com a aplicação, um aumento de 70% em doze meses, segundo informações do Tesouro Nacional. O crescimento se justifica pela busca por opções mais rentáveis que a poupança, mas tão seguras quanto ela.
O que muita gente não sabe, porém, é como funciona a rentabilidade do Tesouro Direto. Em primeiro lugar, é preciso saber que estamos falando de títulos públicos, ou seja, quando investimos neles, estamos emprestando dinheiro para o Governo Federal, que, em troca, nos paga uma taxa de juros.
Neste artigo, vamos explicar melhor como funciona o Tesouro Direto, qual é a sua rentabilidade e como fazer para investir em títulos públicos. Acompanhe!
O que é o Tesouro Direto?
Tesouro Direto é o nome do programa pelo qual o governo vende títulos públicos a investidores pessoa física interessados em comprá-los. Quando aplicamos neles, emprestamos dinheiro ao governo, que o utiliza para investir no país e, em troca, nos remunera com uma taxa de juros.
Trata-se de um investimento de renda fixa, tendo baixíssimo risco, já que a probabilidade de o governo falir e não honrar seus compromissos é bastante improvável.
Como é a rentabilidade do Tesouro Direto?
É importante destacar que existem, na verdade, três tipos de títulos, que são:
- prefixados: o investidor sabe exatamente quanto vai receber se ficar com aquele título até a data do seu vencimento;
- pós-fixados: o rendimento do título acompanha a variação de algum indicador e, se o investidor permanecer com aquele título até a data do vencimento, vai receber essa variação;
- híbridos: o rendimento desses títulos tem uma parte prefixada e outra pós-fixada.
Agora vamos ver como isso ocorre na prática. O título pós-fixado que está disponível atualmente é o Tesouro Selic. Como o nome indica, seu rendimento acompanha o da Selic, que é a taxa básica de juros determinada pelo Banco Central. Em outubro de 2019, essa taxa estava em 5,5% ao ano.
Apenas para comparar, o rendimento da poupança é equivalente a 70% da Selic. É verdade que os investimentos na poupança são isentos de Imposto de Renda. Ainda assim, a alíquota de IR dos títulos públicos é decrescente, ou seja, fica menor conforme a quantidade de tempo você que deixar o dinheiro investido.
Com um prazo a partir de dois anos, é de apenas 15% do rendimento. Mesmo quando consideramos a maior alíquota, de 22,5% sobre o rendimento, cobrada quando o dinheiro permanece aplicado por apenas 180 dias, o rendimento ainda é maior do que o da poupança. Além disso, os títulos públicos têm rendimentos diários, enquanto a poupança só paga o rendimento uma vez ao mês.
Existe também o Tesouro Prefixado, que paga ao investidor uma taxa de juros fixa e conhecida no momento da aplicação. Para saber qual a taxa do momento, basta consultar no site do Tesouro Direto.
Enquanto escrevemos este texto, o título com vencimento em 2022 estava com retorno de 5,07% ao ano, enquanto o que vence em 2029 tinha rendimento de 6,65%. Assim, dá para notar que, quanto maior o prazo, maior também é a remuneração.
Por fim, o Tesouro IPCA+ rende uma taxa de juros fixa mais a variação do IPCA, que é o índice oficial de inflação do país. Assim, é uma excelente maneira de proteger o dinheiro contra os efeitos da inflação e preservar o poder de compra.
Como investir no Tesouro Direto?
Para investir no Tesouro Direto, basta abrir uma conta em uma corretora de valores. A maioria dos bancos têm suas próprias corretoras, mas existem também as independentes. É importante comparar as taxas praticadas para não pagar muito caro e ver sua rentabilidade corroída por elas.
Atualmente, o cadastro costuma ser simples e totalmente digital. Depois, transfira o dinheiro que você quer investir para a conta da corretora, escolha o título de sua preferência e efetue a compra. É possível começar a investir a partir de R$ 30.
Agora você já sabe como funciona a rentabilidade do Tesouro Direto e tem condições de decidir se essa é uma boa opção para você. Gostou do artigo? Então compartilhe-o em suas redes sociais para disseminar o conhecimento!