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3 alternativas à rentabilidade fundo imobiliário

Não é segredo para ninguém que o brasileiro tem tradição de investir no setor imobiliário. Durante muitos anos — até os dias de hoje, na verdade — as pessoas compram imóveis, seja para ter uma renda com os aluguéis, seja para tentar revender por um preço superior e lucrar com a operação.

Isso explica, pelo menos em parte, o interesse pelos fundos imobiliários. O problema é que a rentabilidade dessa opção não é tão alta assim.

Segundo um levantamento da consultoria Economatica, a mediana dos rendimentos dos FIIs, em maio de 2019, era de 7,43% ao ano. Esse número, no entanto, varia bastante de acordo com o fundo. Podemos citar como exemplo o Kinea Rendimentos Imobiliários, um dos fundos imobiliários mais negociados do mercado, cujo dividend yield para 2020 está em 4,8%.

Pensando nisso, elaboramos este artigo com 3 alternativas que têm mais rentabilidade que o fundo imobiliário, ainda que tenham características diferentes em relação a risco e liquidez. Acompanhe e confira!

1. Equity crowdfunding

Nessa modalidade, o investidor coloca o seu capital em uma empresa e, em troca, recebe uma participação acionária nela — ou títulos conversíveis de dívida, isto é, títulos que podem ser convertidos em participação acionária no futuro.

Aqui, os investimentos costumam ter valores iniciais relativamente baixos, em torno de R$ 1.000. Trata-se, porém, de uma aplicação de maior risco; afinal, o investidor vai se tornar sócio daquela empresa. Nesse sentido, o equity crowdfunding tem algumas semelhanças com a compra de ações na bolsa, com a diferença de que as empresas são bem menores e o investimento praticamente não tem liquidez.

2. P2P Lending

Essa é uma modalidade que permite que pessoas físicas emprestem dinheiro a pequenos e médios empresários, recebendo juros em troca. A lógica é parecida com a do equity crowdfunding, mas, aqui, em vez de se tornar sócio da empresa o investidor recebe de volta do dinheiro aplicado dali a um tempo, acrescido da taxa de juros informada no momento da contratação, como um financiamento mesmo.

Para a empresa, essa pode ser uma opção mais barata e menos burocrática do que pedir um empréstimo em um banco, por exemplo. Já para o investidor, é uma oportunidade de conseguir rendimentos superiores aos de muitos fundos imobiliários.

3. Crowdfunding imobiliário

Comparadas às duas anteriores, esta é a opção mais parecida com os fundos imobiliários, até porque estamos falando do mesmo setor. Pelo crowdfunding imobiliário, o investidor aplica o dinheiro em um projeto para financiar a execução da obra, recebendo o dinheiro de volta, acrescido de juros, dali a um período determinado de tempo.

Por um lado, o crowdfunding imobiliário é um pouco mais arriscado, uma vez que o investimento se dá em um projeto específico e não possui liquidez. Ao mesmo tempo, porém, ele oferece a possibilidade de alcançar retornos superiores.

Em termos de custos, os fundos imobiliários cobram taxa de administração, além das taxas da bolsa na compra e na venda das cotas. Quanto à tributação — apesar de o rendimento, em si, ser isento de Imposto de Renda —, caso venda as suas cotas e tenha lucro nessa operação, o investidor deverá pagar 20% dos ganhos em IR. Já no caso do crowdfunding imobiliário, o investidor não paga nenhuma taxa, e o Imposto de Renda é retido na fonte, de acordo com a tabela regressiva. Assim, o valor recebido já é líquido de IR.

Quanto à rentabilidade, ela varia de projeto para projeto. Em geral, há sempre um indicativo de qual é a faixa de rentabilidade esperada, bem como a rentabilidade mínima prefixada, que tem como referência um percentual do CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

Por fim, vale dizer que, nos fundos imobiliários, os principais riscos para o investidor são de inadimplência dos inquilinos e de vacância dos imóveis. No crowdfunding imobiliário, por outro lado, o risco está ligado à possibilidade de a incorporadora não conseguir gerar caixa através do projeto no período previsto — e, assim, não ter o dinheiro para pagar os investidores.

Bom, agora você já conhece algumas alternativas à rentabilidade do fundo imobiliário! Lembre-se: antes de qualquer decisão, é muito importante fazer uma análise detalhada das suas opções e entender exatamente no que você está investindo. Isso se aplica tanto a saber quais são as possibilidades de ganho quanto os riscos.

E aí, gostou da leitura? Sobrou alguma dúvida sobre o assunto? Deixe-nos o seu comentário!

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