Fintech vem da união das palavras em inglês financial (financeiro) e technology (tecnologia). As fintechs são empresas com uso intensivo de tecnologia que criam inovações na área de serviços financeiros. Buscam trazer mais simplicidade, facilidade e menos custo para um setor caracterizado pela grande burocracia.
Assim, as fintechs criam novos modelos de negócio em áreas como conta-corrente, cartão de crédito, pagamentos, transferências, empréstimos e investimentos. O PayPal, empresa de compras e pagamentos online fundada em 1998, é considerada uma das primeiras empresas fintech do mundo.
Nos últimos anos, testemunhamos a tecnologia modificar a sociedade e o modo como vivemos. Observamos o nascimento e crescimento de mecanismos digitais que transformaram a maneira que trocamos e consumimos informações, como o e-commerce, smartphones, serviços de streaming e as redes sociais.
Tendo isso em vista, alguns setores estão sendo revolucionados por empresas que utilizam a tecnologia para promover modelos de negócios disruptivos – é a famosa “uberização” da economia. Uber, Netflix e Airbnb são exemplos de empresas que mudaram a maneira de fazer negócio em seus respectivos setores.
Entretanto, elas possuem uma característica em comum: a remoção dos intermediários. Todos os intermediários de uma cadeia tradicional estão sendo substituídos por apenas um intermediário digital. Dessa forma, a tecnologia está trazendo maior poder de decisão ao consumidor, promovendo a liberdade individual. O setor financeiro, fortemente ligado ao cotidiano das pessoas e empresas, não poderia passar por essa onda de mudanças ileso.
Assim, surgiram as fintechs. Em 2016, essa foi a palavra do ano no país. Os olhos do setor financeiro se voltaram para essa onda de tecnologia e inovação.
Hoje em dia, iniciativas como essa estão presentes em todas as áreas do setor financeiro, transformando a maneira como as pessoas realizam pagamentos, obtêm crédito, controlam finanças pessoais e realizam investimentos. O último relatório da KPMG 2016 Fintech100 considerou duas startups brasileiras – NuBank e GuiaBolso – na lista das fintechs mais disruptivas do planeta. Além disso, diversos centros fintechs estão surgindo ao redor do globo, sendo os principais em Londres, Nova York e Vale do Silício.
Nos próximos artigos da série, o URBE.LAB mostrará o cenário brasileiro de fintechs, trazendo alguns dados para que você entenda como essas startups estão inseridas no nosso país.