Você bem sabe que a palavra rendimento tem muitos significados e pode ser usada em várias situações diferentes. Mas com certeza você já ouviu falar (e muito) sobre rendimento da poupança, CDBs, fundos de ações, debentures ou para qualquer investimento, certo?
Logo, o rendimento real nada mais é que o retorno que você vai receber após a taxa da inflação ser descontada dos lucros adquiridos com o seu investimento.
E veja bem: rentabilidade real é muito diferente da rentabilidade nominal. Para facilitar o entendimento, imagine a seguinte situação:
Se o seu investimento oferece 10% de rentabilidade ao ano e a taxa da inflação é de 5%, o rendimento real também será de 5%, certo? Não. Para se chegar na rentabilidade real, a exigência é que se subtraia a inflação do rendimento, seguindo uma fórmula certa para o cálculo. Veja:
Retorno real = (1 + retorno do investimento) / (1 + inflação) – 1
Aplicando a fórmula na situação anterior, temos:
(1+0,10) / (1+0,05) – 1= 0,0476 ou 4,76%
Porque você deve se preocupar em saber sobre o rendimento real?
Justamente para aprender a identificar a perda do valor do dinheiro que é consequência da inflação. Pois, imagina você aplicar seu dinheiro confiante de que está ganhando quando na verdade não está?
Um exemplo fictício da poupança: se você gasta mensalmente R$ 300 para comprar determinado produto e a inflação está em 5% ao mês, no próximo mês irá necessitar R$ 315, certo? No entanto, se seus R$ 300 estão aplicados na poupança, a taxa de rendimento que ela está oferecendo corresponde a 3% ao mês e, por isso, ao final do período, seus R$300 chegarão apenas a R$309.
A conclusão é que o investimento em questão não é nada atraente, concorda?
POR ISSO, PRESTE ATENÇÃO NOS RENDIMENTOS CHAMADOS DE REAIS E NÃO NOMINAIS, POIS ESTE ÚLTIMO NÃO CONDIZ COM A REALIDADE.
É válido abrir um parágrafo importante aqui, a fim de que você entenda que existem diferenças entre os rendimentos e isso muitas vezes não é explicado com transparência. Esse pequeno glossário pode ajudar:
- Rendimento bruto nominal: informa quanto um investimento rendeu, mas sem descontar os impostos e a inflação;
- Rendimento líquido nominal: obtém-se após descontar o rendimento bruto nominal os impostos que precisam ser pagos;
- Rendimento líquido real: é o valor que de fato ficará com você.
Como é feito o cálculo do rendimento real?
A tecnologia possibilita o cálculo online para vários tipos de investimentos. Basta digitar o valor e o índice de inflação do período e, imediatamente, você terá disponível o rendimento.
Relembrando: sempre é valido conhecer a fórmula e até mesmo realizar o cálculo manualmente, como mostramos acima. A fórmula é chamada de equação de Fisher não derivada. Lembre:
Rentabilidade Real = [(Rentabilidade Nominal + 1) / (Inflação + 1)] – 1
Para o cálculo, todas as porcentagens deverão ser transformadas em números. Por exemplo: 8% fica 0,08, 3% igual a 0,03 e assim sucessivamente.
Outro detalhe importante que você deve observar:
- Considere fazer a correção inflacionária a cada mês;
- Não basta apenas subtrair a taxa de inflação do período sobre o investimento;
- Para a análise da inflação, o IPCA é uma amostra representativa e confiável.
A principal utilidade da análise real da taxa de rendimento é poder desenvolver uma estratégia para diversificar os investimento, pois o poder de compra é o que realmente importa nesta escolha.
Agora que você entendeu um pouco mais sobre o assunto, clique aqui e entenda são juros.