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Como investir em imóveis sem possuir um? Conheça as opções

Mesmo com a crise econômica de 2020, o setor imobiliário brasileiro tem experimentado um crescimento. Parte desse fenômeno é explicado pela queda de taxa Selic, que alcançou o menor patamar histórico em 2% ao ano. Com isso, o acesso a financiamentos foi facilitado, aquecendo o mercado e aumentando o interesse de mais pessoas em como investir em imóveis.

E, você sabia que, para a investir em imóveis, não é necessário possuir um? Existem diversas maneiras de começar mesmo sem ser o proprietário de um. Continue lendo nosso artigo abaixo para saber mais sobre as maneiras de como investir em imóveis!

Por que investir em imóveis é um bom negócio?

Alguns fatores explicam como investir em imóveis pode ser uma boa opção:

  • Geração de renda com valorização ou aluguel dos ativos;
  • Maior segurança e estabilidade com ativos físicos;
  • Proteção do poder de compra pela inflação atrelada ao preço dos aluguéis;
  • Diversificação da carteira em um segmento sólido da economia;
  • Benefícios fiscais disponíveis aos investidores.

Neste outro artigo do U.LAB, falamos mais sobre as vantagens e benefícios de se investir em imóveis. Clique aqui para ler a matéria. 

É inevitável dizer que os imóveis são uma forma tradicional de investimento mais conhecido dos brasileiros, mas ao invés de comprar ou financiar, é possível ter retornos maiores com outras formas de investimento. A seguir, listamos cinco opções para se investir no mercado imobiliário sem a burocracia e o alto valor inicial envolvidos na compra de um imóvel.

Como investir em imóveis sem possuir um?

1. LCI: Letra de Crédito Imobiliário

A LCI, ou Letra de Crédito Imobiliário, é um investimento de renda fixa regulamentado pela Lei Nº 10.931, de 02 de agosto de 2004. A LCI é um título emitido por instituições privadas, como bancos e sociedades de crédito, com o intuito de financiar o setor imobiliário da economia na construção, reforma e aquisição de empreendimentos.

Entre os benefícios da Letra de Crédito Imobiliário, estão: 

  • Isenção de Imposto de Renda;
  • Proteção do FGC para investimentos até R$ 250.000;
  • Opções disponíveis com investimento inicial entre R$ 100 a R$ 1.000;
  • Rentabilidade da LCI pode ser prefixada (determinada na compra) ou pós-fixada (atrelada ao CDI);
  • A Letra de Crédito Imobiliário é considerada um investimento de renda fixa para perfis conservadores, por possuir baixo risco;
  • Modalidade simples e sem burocracia de investimentos – os bancos e corretoras disponibilizam os títulos para compra em suas plataformas.

Mas também há alguns cuidados a se tomar antes de investir em LCI. Uma das principais desvantagens de se investir em LCI é a baixa liquidez. Em geral, os empréstimos possuem um longo prazo de vencimento. Por isso, é necessário observar em quanto tempo você gostaria de ter o retorno deste investimento. Além disso, o investidor deve estar atento a eventuais taxas de corretagem e custódia.

Ainda que sejam protegidas pelo Fundo Garantidor de Crédito, as LCIs têm o risco de falência da instituição emissora. Portanto, é necessário uma boa pesquisa antes de aportar nas Letras de Crédito Imobiliário – o App Renda Fixa oferece uma boa comparação entre os títulos disponíveis no mercado.

2. CRI: Certificado de Recebíveis Imobiliários

O CRI, ou Certificado de Recebíveis Imobiliários, foi instituído segundo a Lei Nº 9.514 de 20 de novembro de 1997. É um tipo de renda fixa disponível somente para investidores qualificados, ou seja, que possuem um patrimônio aplicado em investimentos maior do que R$ 1 milhão. 

Entre as características do CRI estão:

  • Os CRIs são títulos privados para o financiamento no mercado imobiliário emitidos por companhias securitizadoras, ao invés de bancos como nas LCIs;
  • Também ao contrário da LCI, no Certificado de Recebíveis Imobiliários não há a proteção do Fundo Garantidor de Crédito;
  • Por serem aportes maiores, os CRIs possuem uma liquidez menor, com maior prazo de vencimento; por outro lado, oferecem taxas de retorno maiores.
  • O CRI possui a isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas.

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários são lastreados em créditos imobiliários. Eles podem ser utilizados para a construção de ativos residenciais, comerciais ou remuneração ligada a contratos de aluguel. Esses títulos são negociados diretamente com as empresas securitizadoras ou então adquiridos por meio de corretoras.

3. FIIs – Fundos Imobiliários

Outra possibilidade para começar a investir em imóveis são os FIIs. Os Fundos Imobiliários possibilitam a captação de recursos por meio da negociação de cotas na Bolsa de Valores, financiando a aquisição e gestão de imóveis de diferentes segmentos. 

Os FIIs podem ser de tijolo, os quais compreendem ativos imobiliários físicos propriamente ditos. Ou então de papel, que negociam cotas de outros fundos ou títulos de renda fixa ligadas ao mercado imobiliário, como o CRI. Os investidores dos FIIs podem rentabilizar por meio da valorização de cotas e o ganho de rendimentos mensais com o aluguel dos ativos gerenciados pelo fundo.

Entre as principais vantagens de se investir em Fundos Imobiliários, estão:

  • Facilidade em se investir numa gama variada de setores imobiliários, como shoppings, galpões logísticos, hospitais e hotéis;
  • Rendimentos ou dividendos mensais isentos de IR;
  • Investimento inicial baixo para participar de grandes empreendimentos;.

Já algumas das desvantagens dos FIIs incluem:

  • Imposto de renda cobrado de 15% sobre o lucro obtido na venda das cotas, em que a emissão de DARF cabe ao investidor;
  • Riscos de inadimplência e vacância física, que é quando não há inquilinos gerando rendimentos para o fundo;
  • Por se tratar de um investimento de renda variável, é recomendado um conhecimento prévio da dinâmica do mercado imobiliário.

Para saber mais sobre como analisar Fundos Imobiliários e diversificar sua carteira antes de investir, clique aqui e saiba mais em nossa matéria sobre o assunto.

4. Crowdfunding Imobiliário

Já o crowdfunding imobiliário é uma modalidade de investimento relativamente nova no Brasil. Nela, um grupo de investidores realiza a captação de recursos que possibilita o financiamento coletivo para a construção de empreendimentos imobiliários. Há uma taxa anual de retorno projetada que varia em função das vendas realizadas pelo projeto.

Para investir no crowdfunding imobiliário, é necessário realizar seu cadastro em uma plataforma confiável que fará a ponte entre as incorporadoras e investidores, como a URBE.ME. Para investidores que tenham dúvida em como investir em imóveis utilizando essa modalidade, separamos alguns artigos úteis aqui no U.LAB:

Entre as vantagens do financiamento coletivo, está a possibilidade de retornos maiores que o CDI, possibilidade de valorização dos ativos com distribuição dos lucros, diversificação da carteira, início da aplicação a partir de R$ 1.000 e procedimento menos burocrático do que adquirir um ativo físico. 

Baixe o aplicativo da URBE.ME na Google Play ou App Store para saber mais sobre crowdfunding imobiliário e participar das captações em andamento.

5. Ações de Construtoras

A última alternativa na nossa lista de como investir em imóveis sem ter imóveis é a aquisição de ações de construtoras listadas na Bolsa de Valores. Essa modalidade pode ser a mais arriscada, pois envolve a compreensão de fatores econômicos do mercado imobiliário que impactam o desempenho das empresas.

Algumas das construtoras listadas na bolsa são:

  • Cyrela (CYRE3), especializada na incorporação de empreendimentos residenciais e salas comerciais. A Cyrella foi a primeira empresa brasileira do setor imobiliário a realizar a oferta pública de ações;
  • Eztec (EZTC3), que também atua com empreendimentos residenciais e comerciais, com 141 imóveis construídos até hoje;
  • MRV (MRV3), construtora especialista em empreendimentos residenciais populares, presente em 21 estados e mais de 160 cidades do Brasil;
  • JHSF (JHSF3), incorporadora de imóveis de alto padrão como shopping centers, lojas de marcas de luxo, hotéis e restaurantes.

Em 2020, a baixa taxa Selic pode ser um fator propulsor para este ramo. Porém, a crise do coronavírus impactou segmentos imobiliários de diferentes formas, havendo a necessidade de uma análise criteriosa nas companhias construtoras antes de investir em seus papéis. 

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