Um dos sinais de que o setor imobiliário está aquecido e pode crescer ainda mais é o IPO – ou o lançamento das primeiras ações de empresas construtoras na bolsa de valores. Afinal, ele injeta dinheiro diretamente no mercado.
As companhias lançam suas ações para atrair capital e poder aumentar ainda mais suas atividades em busca de maiores lucros. Então, o IPO pode ser um ótimo sinal.
Mas você sabe como ele funciona e quais são os processos que estão em andamento para o setor imobiliário? Confira a seguir mais informações sobre o assunto e conheça as construtoras que vão estrear na bolsa ainda em 2020!
O que é IPO?
A sigla IPO é do inglês e significa Initial Public Offering. Em nosso idioma, o termo se refere à oferta pública inicial de ações. Ou seja, ao primeiro momento em que uma companhia é listada em bolsa e passa a ter partes do seu capital social compradas por acionistas.
No IPO, os ativos são negociados no chamado mercado primário. Significa que todo o dinheiro oriundo da compra das ações vai diretamente para a empresa. Logo, um dos principais intuitos é atrair dinheiro para o negócio.
Depois que todas as ações do IPO são vendidas, os papéis passam a ser negociados no mercado secundário — quando o atual proprietário de ações pode vendê-las para outros investidores interessados nelas.
Um fato interessante sobre a bolsa de valores brasileira é que o setor de construção vem recebendo um bom retorno recentemente. Em 2019, ele apresentou os melhores resultados de valorização entre os setores.
No ano de 2019, diversas construtoras incrementaram suas quantidades de ações na bolsa – por meio de ofertas subsequentes de ações (follow-on). Foi o caso de Tecnisa, Trisul, Eztec, Helbor e Gafisa. Juntas, elas captaram mais de R$ 5 bilhões de reais para novos projetos, aquecendo o mercado imobiliário.
Em 2020, algumas empresas já fizeram seu IPO e outras estão se encaminhando para o processo. Os dados mostram que existem oportunidades significativas no setor de imóveis, mesmo sentindo efeitos da pandemia.
Construtoras que já entraram na bolsa em 2020
Antes de conhecer as empresas que preparam sua estreia na bolsa, veja mais detalhes sobre duas construtoras que já estão fazendo parte das companhias listadas na renda variável. Elas passaram pelo IPO em 2020!
Moura Dubeux (MDNE3)
A Moura Dubeux é uma construtora e incorporadora que tem sede em Recife e se transformou em uma das maiores empresas de construção do Nordeste brasileiro. Seu pedido de IPO foi realizado no final de 2019.
Com isso, a entrada na bolsa foi possível no começo de 2020. Os bancos intermediadores que coordenaram o processo foram o Itaú BBA, o Credit Suisse, o Bradesco BBI e o BB Investimentos. A companhia entrou no segmento de Novo Mercado da B3.
O preço inicial de cada ação foi de R$ 19,00 e o IPO rendeu à empresa um capital de mais de R$ 1 bilhão de reais. A partir daí, o negócio pode continuar se expandindo — a empresa já tem atuação em várias as capitais do Nordeste.
Mitre (MTRE3)
Mais uma das construtoras que entraram na bolsa em 2020 foi a Mitre, uma empresa paulista que se especializou em imóveis de médio e alto padrão. O negócio atua nos setores de construção e incorporação imobiliária.
O IPO da Mitre também aconteceu no início de 2020 e o preço inicial da ação foi de R$ 19,30. Com a abertura em bolsa, a empresa conseguiu atrair em torno de R$ 1,2 bilhão de reais para suas atividades.
Os bancos mediadores do processo de IPO foram o Itaú BBA, o BTG Pactual e o Bradesco BBI. A faixa de preço inicial das ações estava sendo avaliada entre R$ 14,30 e R$ 19,30, tendo sido fechada no valor máximo. Até o fim do pregão no dia do IPO, as ações já estavam valorizadas a R$ 20,24.
3 Construtoras que preparam sua estreia na bolsa em 2020
Até aqui você entendeu o que é o IPO e viu que a entrada de construtoras na bolsa de valores traz aquecimento ao setor. Com mais dinheiro injetado no negócio pelos acionistas, é possível crescer e encontrar resultados cada vez melhores.
Agora, confira 3 empresas que estão se preparando para também terem ações listadas na B3 em 2020!
1. You.Inc
A You.Inc é uma incorporadora que foca suas atividades em São Paulo — nas zonas sul e oeste da cidade. Ela foi fundada em 2009 por Abrão Muszkat, CEO da companhia com experiência de mais de 40 anos no setor de imóveis.
A empresa já vinha se preparando desde o início de 2020 para seu IPO, mas os planos foram suspensos temporariamente por conta das incertezas geradas pelo coronavírus. Então, em junho, o projeto foi retomado.
Os bancos responsáveis por mediar o processo são o BTG Pactual e o Bradesco BBI. O preço da ação está sendo decidido em uma faixa que vai de R$ 17,50 a R$ 23,50 e a expectativa é que haja uma atração de mais de R$ 1 bilhão para a companhia.
2. Kallas
Mais uma das construtoras que pretende estrear na bolsa em 2020 é a Kallas, fundada pelo engenheiro Emílio Kallas. Ela é mais um exemplo de processo de IPO que foi adiado por uns meses por conta da pandemia.
O esperado era lançar os papéis em maio, mas agora a tendência é que tudo se encaminhe para que as ações passem a ser negociadas no segundo semestre do ano. O processo está contando com a coordenação dos bancos Credit Suisse e Itaú BBA.
A empresa pretende movimentar cerca de R$ 2 bilhões em ações para impulsionar o negócio. Além de construtora, o Grupo Kallas atua também como holding, tendo projetos em nichos diversos da construção civil — o que pode trazer vantagens para os acionistas.
3. Cury
Por fim, o ano de 2020 também é o de expectativa da estreia da construtora e incorporadora Cury na bolsa de valores. A companhia Cyrela, que detém um alto percentual da Cury, divulgou o pedido de oferta de IPO no Novo Mercado da B3.
A Cury foi fundada em 2007 e tem atuação principalmente em regiões de São Paulo e Rio de Janeiro, com foco nos setores econômicos — por exemplo, em projetos do programa Minha Casa Minha Vida. O objetivo, com o IPO, é ter mais capital para investir em terrenos.
Como você viu, há bons indicadores de aquecimento do mercado imobiliário em 2020 diante dos IPOs de construtoras na bolsa. Com mais dinheiro circulando nas empresas, é possível esperar aumento da oferta e da procura no mercado, com boas oportunidades para investidores.
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