O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o principal termômetro da economia brasileira e é aferido desde 1979 pelo IBGE. Sendo assim, quem sabe o que esse medidor saberá lidar melhor com a carestia (custo de vida) e, indiretamente, fará escolhas melhores no campo financeiro.
Há 41 anos, esse índice é utilizado para monitorar a inflação, ou seja, trata-se do principal indicador a respeito da variação nos preços de produtos e serviços em geral. De certa forma, ele divide as atenções com um outro índice muito importante, o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas.
A diferença é que o IPCA mede os preços de mais de 400 mercadorias no varejo em 13 regiões metropolitanas, enquanto o IGP-M também considera aos setores de atacado e construção civil. Veja qual é o mecanismo por trás do índice de inflação oficial do Brasil e aprenda a colocá-lo na conta antes de realizar investimentos.
Como funciona o IPCA?
Não é tão difícil compreender o que é IPCA se o tomarmos como uma grande pesquisa de preços em nível nacional. É nisso que ele consiste: um levantamento nas principais cidades brasileiras para calcular a progressão dos preços de produtos essenciais.
Contudo, o IPCA tem ainda outra importante função que é servir como parâmetro para o Banco Central definir a taxa básica de juros, mais conhecida como taxa Selic. Também é usado como referência para controlar as metas de inflação, permitindo saber se elas serão batidas ou não. Mensalmente, os pesquisadores do IBGE realizam levantamentos de preços para produtos e serviços dos segmentos de:
- transportes;
- despesas pessoais;
- saúde e cuidados pessoais;
- comunicação;
- educação;
- alimentação e bebidas;
- artigos de residência;
- habitação;
- vestuário.
É importante deixar claro, no caso do IPCA, o que as variações indicam. Em outras palavras: quanto o índice é menor do que o do período anterior, não significa que o preço diminuiu, mas que o aumento foi menor. A diminuição de preços ocorre só quando o índice é negativo.
Qual a relação dele com os investimentos?
Por ser um índice extremamente importante para conhecer a performance da economia, o IPCA acaba por ser também utilizado como indexador em diversos tipos de aplicação. Uma delas é o Tesouro Nacional-IPCA+, cujos rendimentos são vinculados ao índice.
Não por acaso, entre os fundos de renda fixa, ele é um dos mais seguros e rentáveis, justamente porque apresenta taxas de rendimento próprias somadas ao IPCA anual. Sendo assim, o dinheiro aplicado tem rentabilidade garantida acima da inflação. Mas, atenção: nem todos os títulos do Tesouro Direto têm a rentabilidade indexada pelo IPCA. Verifique com a sua corretora as taxas aplicáveis antes de investir.
Fica então a dica: sempre que investir, procure avaliar não só as taxas, como o peso que a inflação terá sobre o valor aplicado. Por exemplo: se um ativo rende 5% ao ano e nesse ano o IPCA foi de 2%, então seu rendimento real será de 3%.
Por que considerá-lo antes de investir?
Tendo em vista que a economia brasileira é pautada pelo IPCA, desconsiderar esse indicador antes de investir é um tremendo erro. Afinal, como agora você já sabe, a inflação provoca não apenas a redução do poder de compra pelo aumento nos preços como reduz o valor do dinheiro.
Neste artigo, você teve uma visão panorâmica sobre o que é IPCA, de que forma ele é calculado e como ele afeta seus investimentos. Use essas informações sempre que aplicar seu dinheiro e invista com muito mais segurança.
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